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Impasse entre PT e PSC adia definição sobre presidências das comissões

 Os líderes não chegaram a um acordo, nesta terça-feira, sobre a criação de uma comissão para acomodar o PSC, que perdeu espaço com a criação do Pros e do Solidariedade. Em razão disso, foi adiada para a próxima semana a decisão sobre a presidência das 21 comissões permanentes da Câmara dos Deputados.

As presidências das comissões são divididas deacordo com os tamanhos das bancadas – os maiores partidos têm mais comissões e também escolhem primeiro.

Na semana passada, os líderes discutiram a divisão da Comissão de Turismo e Desporto em duas para contemplar o partido. O PT, a quem caberia chefiar o novo colegiado, cederia a vaga para o PSC. As negociações, no entanto, não prosperaram. 

O líder do PT, deputado Vicentinho (SP), disse que a bancada não abre mão de presidir o novo colegiado. "Se for criada uma nova comissão, a presidência cabe ao PT, que é omaior partido, que tem direito pelo número de votos que recebeu. Isso está claro para nós. Não pode haver casuísmo", argumentou. Vicentinho cogitou a criação de duas comissões, uma para o PT e outra para ser cedida ao PSC. “Se não houver custo, isto é possível”, disse.

PSC cobra acordo
O líder do PSC, deputado André Moura (SE), se disse surpreso com a mudança de posição da bancada do PT e cobrou um acordo que para manter o seu partido na presidência de um colegiado.

“O PSC não pode, no último ano, perder o direito de presidir uma comissão. Se o nosso problema não for resolvido, vamos cobrar o cumprimento do acordo do início da legislatura, que exclui das comissões os partidos novos”, disse Moura.

Ele criticou a postura do PT. “Essa atitude não os beneficia, já que só será criada uma nova comissão para atender ao PSC, e só nos prejudica”, reclamou, avisando que não há acordo para se criar mais de uma comissão.

Moura admitiu, no entanto, que também não há acordo sobre qual comissão seria criada. A possibilidade de fatiar a comissão de Turismo e Desporto, segundo ele, foi descartada. “Trabalhamos com a divisão da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional em duas ou do fatiamento da Comissão de Seguridade Social e Família, que daria origem às comissões de Saúde e Previdência e Assistência Social”, disse.

O deputado Vicentinho prometeu repensar o posicionamento. “Vamos levar o apelo dos líderes à bancada do PT e repensar essa discussão. Mas acho difícil a mudança de posição. Já cedemos a presidência de uma comissão no ano passado”, disse.

 

Fonte: Câmara