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Parte da Reforma da Previdência de Minas é aprovada na última comissão e segue para análise em primeiro turno


Parte do projeto da Reforma da Previdência, apresentado em junho pelo governador Romeu Zema (Novo) aos deputados estaduais, recebeu parecer favorável da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (27) e já segue para análise em plenário em primeiro turno.

 

A Reforma da Previdência foi desmembrada em dois projetos: Projeto de Lei Complementar 46/20 e Proposta de Emenda à Constituição 55. O primeiro segue para análise em plenário em primeiro turno. Já o segundo está na fase de apreciação por uma comissão especial. Os deputados têm até 30 de setembro para aprovar ou rejeitar a reforma.

 

Durante reunião nesta manhã, a relatora, deputada Laura Serrano (Novo), defendeu a aprovação da reforma, sem acatar alterações dos parlamentares. Segundo a deputada, o aumento das alíquotas de contribuição é a única forma de o estado continuar pagando as aposentadorias e retomar o desenvolvimento.

 

Mas o texto da Reforma da Previdência acabou sendo aprovado com uma alteração proposta pelo presidente da comissão, deputado Hely Tarquínio, que reduz a faixa das alíquotas de contribuição entre 11% a 16%, de acordo com níveis salariais. No projeto do governo, as alíquotas variavam entre 13% a 19%. A redução foi proposta pelo deputado para “garantir a sobrevivência dos servidores”.

 

Entre os membros da comissão, apenas os deputados Virgílio Guimarães (PT) e Glaycon Franco (PV) votaram contrariamente ao parecer de Laura Serrano. O Bloco Democracia e Luta, opositor principal do governo na casa, defende a derrubada de toda a proposta da reforma.

 

A Reforma da Previdência é uma das exigências do governo federal para que os estados continuem recebendo repasses de recursos voluntários. Para isso, é preciso que a alíquota mínima seja de 14%. Há possibilidade de adoção de alíquota progressiva, desde que a média de contribuição alcance 14%.

 
 

Histórico

 

O Projeto de Lei Complentar 46/20 foi entregue à Assembleia Legislativa no dia 19 de junho, junto com a Proposta de Emenda à Constituição 55/20, que compõe o conjunto da reforma. Os dois chegaram ao plenário no dia 23 de junho.

 

Após a entrega do documento, Zema defendeu a Reforma, dizendo que “não é para o meu governo, mas para futuras gerações”. De acordo com o governador, sem isso, não será possível fazer investimentos de que o estado precisa, como prédios escolares e estradas. As alterações garantem uma economia de R$ 32,6 bilhões aos cofres públicos nos próximos 10 anos.

 

Quando o projeto foi entregue à ALMG, os deputados teriam somente até 31 de julho para decidir pela aprovação ou não. Mas, o Ministério da Economia adiou data final para 30 de setembro.

 

No início de julho, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou integralmente o texto do projeto, desmembrando dos projetos originais questões que teriam relação com reformas administrativas.

 

Entre 13 e 16 de julho, um seminário virtual sobre a reforma foi realizado para colher sugestões dos sindicatos dos servidores.

 

Nesta quarta-feira (26), a Comissão do Trabalho da Previdência e Assistência Social emitiu parecer contrário, alegando que não houve tempo e que a Covid-19 teria atrapalhado a participação dos servidores

 

Fonte: G1