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Maia: Definição sobre inclusão de estados e municípios na reforma sai hoje

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que hoje é o dia "D" para definir se as mudanças nas regras para a aposentadoria vão valer para estados e municípios. "Ou [a inclusão] vai se resolver durante o dia de hoje ou não vai. Vamos trabalhar para tentar resolver", afirmou Maia na saída de um encontro com governadores.

A inclusão de estados e municípios é um dos principais gargalos da discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência no Legislativo. Lideranças partidárias exigem a retirada das mais de 20 referências a esses entes federativos no relatório apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

Maia se reuniu mais cedo com governadores e, à tarde, levará uma proposta de acordo aos líderes na Câmara. A avaliação de líderes é que o Parlamento assumiria um desgaste político com as modificações em ônus aos governadores e assembleias legislativas locais.

A retirada dos governos regionais é, por enquanto, exigência de muitos parlamentares para aprovar a proposta na comissão especial.

"Os governadores colocaram o que é relevante para eles e eu coloquei aquilo que acredito que possa ser construído. Vamos tentar encontrar um denominador comum para que a participação dos estados volte para a PEC na comissão ou no plenário, para que possamos garantir uma votação forte que garanta que a reforma atenda a toda federação, e não só a União", afirmou Maia.

À tarde, o presidente da Câmara vai se reunir com líderes partidários para discutir uma solução. Após o encontro, ele deve se reunir novamente com governadores para tentar fechar uma alternativa final ao texto.

"Sem a reforma de estados e municípios, em um curto prazo, estaremos com novos problemas, quer dizer, com os mesmos velhos problemas", disse Maia.
Transição

De acordo com Maia, apesar das pressões de entidades ligadas aos servidores, as regras de transição não devem ser suavizadas. Ele garantiu já ter votos suficientes para aprovar essa parte da proposta como está no relatório apresentado por Moreira. "Para regra de transição, temos mais de 400 votos."

O relatório deve ser votado na comissão especial no final da semana que vem. Para o presidente da Câmara, um atraso "curto por um bom acordo", não seria um prejuízo à discussão da PEC.

Fonte: Uol Economia