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Ramos: Capacidade de articulação do governo definirá ritmo da reforma

O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM), disse nesta terça-feira que ainda não é possível avaliar se a articulação do governo vai contribuir ou não para acelerar os trabalhos no colegiado. Segundo ele, isso ficará claro apenas após a realização das audiências públicas.

"Por enquanto, no tempo das audiências públicas, essa questão de articulação política não influencia muito agora. Agora, quando nós acabarmos a etapa das audiências públicas e iniciarmos as etapas de votação do relatório da matéria, aí sim a capacidade do governo de amealhar os votos necessários no plenário vai decidir a velocidade que eu vou levar os trabalhos aqui na comissão", disse.

Ramos fez uma análise da tramitação ao falar sobre a possibilidade de adiamento da audiência pública prevista para esta quarta-feira, por conta das atividades de outra comissão da Câmara dos Deputados. É que também amanhã a Comissão de Educação da Casa receberá o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para falar sobre os recentes cortes nas verbas de universidades federais.

"Vamos avaliar essa situação de amanhã por conta da presença de um ministro e dessa série de manifestações, mas a priori o calendário da comissão está mantido. Houve uma demanda disso (adiamento) por parte de alguns partido de oposição e vou avaliar", disse.

O assunto foi discutido em reunião entre o presidente da comissão especial e os líderes partidários. Após o encontro, Marcelo Ramos foi questionado se uma eventual falta de articulação política do governo pode afetar os trabalhos, mas ele refutou essa possibilidade neste momento. Para o presidente da comissão especial, a quantidade de emendas apresentados pelos deputados também pode influenciar na apresentação mais ágil do relatório.

"Na verdade, uma apresentação do relatório tem a ver com a quantidade de emendas que vão aparecer. Se tiver três emendas ao relatório, vai ser mais rápido. Se tiver 50 (emendas), o relatório demora um pouco mais. A gente está fazendo o necessário para concluir o trabalho mais rápido possível, mas eu vou repetir: a apresentação do relatório e o debate dos destaques tem relação direta com articulação política de governo", disse.

Fonte: Valor Econômico