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Bolsonaro volta a receber dirigentes partidários para discutir reforma da Previdência

Presidente se reuniu nesta terça-feira (9) com representantes do PR e do Solidariedade. Na semana passada, Bolsonaro se encontrou com presidentes de seis partidos.

O presidente Jair Bolsonaro retomou nesta terça-feira (9) as conversas com dirigentes partidários em busca de apoio para aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional.

Acompanhado do ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Bolsonaro recebeu nesta terça, em reuniões separadas no Palácio do Planalto, representantes do PR e do Solidariedade (SD). Na semana passada, ele esteve com os presidentes de outros seis partidos: PRB, PP, PSDB, DEM, MDB e PSD.

Os representantes do PR e do SD afirmaram a jornalistas, após os encontros, que as duas legendas não entrarão na base de apoio parlamentar do governo e não pretendem fechar questão a favor da reforma, que atualmente é discutida na Câmara dos Deputados.

Os dirigentes ainda disseram que não desejam cargos na administração federal. O PR tem atualmente 38 deputados, e, o SD, reúne 14.

"Não somos da base do governo nem o partido vai fechar questão em relação à reforma da Previdência e em nenhuma outra reforma. Vamos tentar organizar o partido, como sempre fizemos, para que o partido vote em defesa da reforma da Previdência, promovendo estes ajustes", disse o ex-ministro Alfredo Nascimento, presidente de honra do PR.

Nascimento defendeu ajustes no projeto enviado pelo governo em pontos como o benefício de prestação continuada (BPC) e o tempo de serviço para que professores possam se aposentar.

O presidente do SD, deputado Paulinho da Força (SP), afirmou que explicou a Bolsonaro a necessidade de altera partes da reforma, como o BPC e as regras do trabalhador rural. Ele também defendeu tirar estados e municípios da reforma.

"Achamos que a Previdência dos estados tem que ser tratada em cada estado. Não dá para o governo ficar lá falando mal da reforma e os deputados aqui em Brasília assumindo o ônus da reforma", argumentou Paulinho.

Segundo o parlamentar, Bolsonaro "até gostou" da ideia, enquanto Onyx afirmou que o tema deve ser tratado na Câmara.

Paulinho também ressaltou que são necessárias mudanças na idade mínima. Ele sugeriu 62 anos homens e 59 para mulheres, enquanto o texto do governo prevê 65 para homens e 62 para mulheres.

O deputado ainda criticou a proposta de regime de capitalização, no qual cada trabalhador contribui para financiar sua própria aposentadoria. Paulinho disse que terá de construir uma proposta para assegurar a contribuição patronal. Ele também deseja incluir instituições financeiras e entidades sindicais na criação de fundos de pensão.

Conselho

Os dirigentes de PR e SD disseram que Bolsonaro reforçou a intenção de criar um conselho para assegurar o diálogo com partidos. Participariam do colegiado presidentes de partidos e seus respectivos líderes na Câmara e no Senado.


Fonte: G1