O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi de 0,15%, ficando acima dos -0,21% de novembro. Essa foi a menor variação para um mês de dezembro desde o início do Plano Real, em 1994. Em dezembro de 2017, o índice tinha sido de 0,44%. O IPCA acumulado em 2018 ficou em 3,75%, 0,80 ponto percentual acima dos 2,95% registrados em 2017.
Período |
TAXA |
Dezembro de 2018 |
0,15% |
Novembro de 2018 |
-0,21% |
Dezembro de 2017 |
0,44% |
Acumulado em 2018 |
3,75% |
O INPC de dezembro foi de 0,14%, acima dos -0,25% de novembro. Ao lado de dezembro de 2016 (0,14%), esta variação foi a menor para o mês desde o início do Plano Real. O acumulado de 2018 fechou em 3,43%, acima dos 2,07% de 2017.
O material de apoio desta divulgação pode ser acessado à direita.
Após a queda de 0,21% em novembro, o IPCA registrou variação de 0,15% em dezembro, sob influência, principalmente, do grupo Alimentação e bebidas (0,44%) que, com 0,11 p.p. de impacto, foi responsável por quase 3/4 do índice de dezembro. Por outro lado, os grupos Transportes (-0,54%) e Habitação (-0,15%) vieram com deflação, contribuindo com -0,12 p.p. no IPCA do mês, conforme mostra a tabela a seguir:
IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal |
Grupo |
Variação (%) |
Impacto (p.p.) |
Novembro |
Dezembro |
Novembro |
Dezembro |
Índice Geral |
-0,21 |
0,15 |
-0,21 |
0,15 |
Alimentação e Bebidas |
0,39 |
0,44 |
0,10 |
0,11 |
Habitação |
-0,71 |
-0,15 |
-0,11 |
-0,02 |
Artigos de Residência |
0,48 |
0,57 |
0,02 |
0,02 |
Vestuário |
-0,43 |
1,14 |
-0,03 |
0,06 |
Transportes |
-0,74 |
-0,54 |
-0,14 |
-0,10 |
Saúde e Cuidados Pessoais |
-0,71 |
0,32 |
-0,09 |
0,04 |
Despesas Pessoais |
0,36 |
0,29 |
0,04 |
0,03 |
Educação |
0,04 |
0,21 |
0,00 |
0,01 |
Comunicação |
-0,07 |
0,01 |
0,00 |
0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O grupo dos alimentos teve aumento nos preços de novembro (0,39%) para dezembro (0,44%), gerando o maior impacto no índice. As maiores pressões vieram dos alimentos para consumo em casa (de 0,34% em novembro para 0,50% em dezembro). Apesar de alguns produtos passarem a custar menos em dezembro, como por exemplo o leite longa vida (-7,73%), o pão francês (-1,31%) e o arroz (-1,19%), outros produtos, também importantes, exerceram pressão contrária, como a cebola (24,03%), a batata-inglesa (20,05%), o feijão-carioca (12,98%), as frutas (3,11%) e as carnes (2,04%). Já a alimentação fora de casa desacelerou de novembro (0,49%) para dezembro (0,33%).
Os maiores impactos individuais no IPCA de dezembro, tanto positiva quanto negativamente, foram registrados no grupo dos Transportes (-0,54% e -0,10 p.p.). São eles: passagem aérea, com alta de 29,12% (0,12 p.p.), e os combustíveis, cujos preços ficaram, em média, 4,25% mais baratos e contribuíram com -0,25 p.p.
Os principais responsáveis pela queda do grupo dos Transportes (-0,54%) foram os combustíveis (-4,25%), em especial a gasolina (-4,80%), acompanhada pelo óleo diesel (-3,45%) e o etanol (-2,70%).
O ônibus urbano (0,13%) incorpora o reajuste nas tarifas em Aracaju (9,43%) de 14,00%, a partir de 09 de dezembro, e de 6,76% em Campo Grande (5,95%), desde 03 de dezembro. No ônibus intermunicipal (0,77%), estão contemplados os reajustes nas tarifas em Aracaju (10,71%) de 14,00%, a partir de 09 de dezembro, e de 9,45% em Porto Alegre (5,98%), desde 1º de dezembro.
No grupo Habitação, a queda de 0,15%, menos intensa que a registrada em novembro (-0,71%), teve forte influência do item energia elétrica (-1,96% e -0,08 p.p.) e refletiu a mudança na bandeira tarifária, que passou de amarela, em novembro, com a cobrança adicional de R$0,01 para cada kwh consumido, para verde, em dezembro, sem cobrança. As áreas apresentaram variação entre os -8,17% da região metropolitana de Fortaleza e o 6,71% de Rio Branco. Nesta última, o reajuste de 21,29%, em vigor a partir de 13 de dezembro de 2018, foi suspenso em 03 de janeiro de 2019 por determinação judicial.
Ainda no grupo Habitação (-0,15%), o item taxa de água e esgoto (0,71%) retrata o reajuste de 6,04% das tarifas, no Rio de Janeiro (5,65%), em vigor desde 1º de dezembro, e de 8,60%, em Porto Alegre (1,85%), a partir de 16 de dezembro.
No grupo Vestuário (1,14%), os destaques ficam com os itens roupa feminina (2,34%), roupa masculina (1,57%) e roupa infantil (0,91%).
Considerando os demais grupos, destacam-se, no lado das altas, os seguintes itens: plano de saúde (0,80%), empregado doméstico (0,34%) e eletrodomésticos (0,92%).
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Aracaju (0,67%), reflexo do reajuste de 14,00% na tarifa dos ônibus urbanos (9,43%), em vigor desde 09 de dezembro e do item passagem aérea (32,15%). A região metropolitana de Curitiba (-0,17%) apresentou o índice mais baixo em função das quedas de 6,40% na gasolina e de 2,72% na energia elétrica. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada:
IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano |
Região |
Peso Regional (%) |
Variação (%) |
Variação Acumulada (%) |
Novembro |
Dezembro |
Ano |
Aracaju |
0,79 |
-0,31 |
0,67 |
2,64 |
Rio Branco |
0,42 |
-0,11 |
0,63 |
3,44 |
Salvador |
6,12 |
-0,31 |
0,56 |
4,04 |
Belém |
4,23 |
0,00 |
0,48 |
3,00 |
Rio de Janeiro |
12,06 |
-0,02 |
0,40 |
4,30 |
Brasília |
2,80 |
-0,43 |
0,32 |
3,06 |
Porto Alegre |
8,40 |
-0,42 |
0,26 |
4,62 |
São Luís |
1,87 |
-0,11 |
0,25 |
2,65 |
Recife |
4,20 |
-0,11 |
0,18 |
2,84 |
Fortaleza |
2,91 |
-0,07 |
0,07 |
2,90 |
Campo Grande |
1,51 |
-0,31 |
0,06 |
2,98 |
São Paulo |
30,67 |
-0,30 |
0,03 |
3,68 |
Belo Horizonte |
10,86 |
-0,09 |
0,01 |
4,00 |
Vitória |
1,78 |
-0,30 |
-0,01 |
4,19 |
Goiânia |
3,59 |
0,12 |
-0,03 |
3,14 |
Curitiba |
7,79 |
-0,26 |
-0,17 |
3,38 |
Brasil |
100,00 |
-0,21 |
0,15 |
3,75 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de outubro a 28 de novembro de 2018 (base).
IPCA acumula variação de 3,75% em 2018
O IPCA encerrou o ano de 2018 com 3,75% de variação, 0,80 p.p. acima dos 2,95% registrados em 2017. Ao longo de 2018, as taxas se distribuíram da seguinte forma:
IPCA - Mês, trimestre e ano |
Mês |
Variação (%) |
Mês |
Trimestre |
Ano |
Janeiro |
0,29 |
|
0,29 |
Fevereiro |
0,32 |
|
0,61 |
Março |
0,09 |
0,70 |
0,70 |
Abril |
0,22 |
|
0,92 |
Maio |
0,40 |
|
1,33 |
Junho |
1,26 |
1,89 |
2,60 |
Julho |
0,33 |
|
2,94 |
Agosto |
-0,09 |
|
2,85 |
Setembro |
0,48 |
0,72 |
3,34 |
Outubro |
0,45 |
|
3,81 |
Novembro |
-0,21 |
|
3,59 |
Dezembro |
0,15 |
0,39 |
3,75 |
O índice de 2018 foi influenciado, especialmente, pelas despesas com produtos e serviços dos grupos Habitação, com alta de 4,72% e impacto de 0,74 p.p., Transportes, com alta de 4,19% e 0,76 p.p. e Alimentação e Bebidas, com alta de 4,04% e 0,99 p.p.. Juntos, estes três grupos somam 2,49 p.p., responsáveis por 66% do IPCA. A tabela a seguir mostra os resultados de todos os grupos de produtos e serviços.
IPCA - Variação acumulada e impacto por grupos - 2018 e 2017 |
Grupo |
Variação (%) |
Impacto (p.p.) |
2017 |
2018 |
2017 |
2018 |
Índice Geral |
2,95 |
3,75 |
2,95 |
3,75 |
Alimentação e Bebidas |
-1,87 |
4,04 |
-0,48 |
0,99 |
Habitação |
6,26 |
4,72 |
0,95 |
0,74 |
Artigos de Residência |
-1,48 |
3,74 |
-0,06 |
0,15 |
Vestuário |
2,88 |
0,61 |
0,17 |
0,04 |
Transportes |
4,10 |
4,19 |
0,74 |
0,76 |
Saúde e Cuidados Pessoais |
6,52 |
3,95 |
0,76 |
0,48 |
Despesas Pessoais |
4,39 |
2,98 |
0,47 |
0,33 |
Educação |
7,11 |
5,32 |
0,33 |
0,26 |
Comunicação |
1,76 |
-0,09 |
0,07 |
0,00 |
Em 2018, a variação acumulada da energia elétrica (8,70%) ficou pouco abaixo da registrada no ano anterior (10,35%). As regiões apresentaram variação entre -3,62% em Fortaleza e 17,67% em São Luís. Na primeira, o reajuste de 3,80% nas tarifas foi o menor dentre as áreas pesquisadas. Em São Luís, por sua vez, houve reajuste de 16,94%. Além disso, ao longo do ano, entraram em vigor as bandeiras tarifárias, acarretando em cobrança adicional, conforme apresentado na tabela abaixo:
IPCA - Energia elétrica - bandeiras tarifárias mês a mês |
Mês |
Bandeira tarifária |
Cobrança adicional |
Janeiro |
Verde |
- |
Fevereiro |
Verde |
- |
Março |
Verde |
- |
Abril |
Verde |
- |
Maio |
Amarela |
R$ 0,01 por kwh |
Junho |
Vermelha 2 |
R$ 0,05 por kwh |
Julho |
Vermelha 2 |
R$ 0,05 por kwh |
Agosto |
Vermelha 2 |
R$ 0,05 por kwh |
Setembro |
Vermelha 2 |
R$ 0,05 por kwh |
Outubro |
Vermelha 2 |
R$ 0,05 por kwh |
Novembro |
Amarela |
R$ 0,01 por kwh |
Dezembro |
Verde |
- |
Nos Transportes (4,19%), que detêm cerca de 18,5% do IPCA, os destaques foram: passagem aérea (16,92%), gasolina (7,24%) e ônibus urbano (6,32%).
Após apresentar variação negativa (-1,87%) no ano de 2017, impulsionado pela safra recorde, o grupo Alimentação e bebidas encerra 2018 com uma taxa acumulada de 4,04%. Esse grupo responde por cerca de 1/4 das despesas das famílias e foi o principal impacto no ano com 0,99 p.p. A safra de 2018 ficou cerca de 5% abaixo da do ano anterior, sendo a segunda melhor da série histórica.
Vale lembrar que, no final de maio de 2018, a paralisação dos caminhoneiros provocou um desabastecimento, o que impactou os preços de diversos produtos, levando o grupo a apresentar variação de 2,03% em junho, a segunda maior para um mês de junho desde a implantação do Plano Real.
Os preços dos alimentos para consumo em casa, cujo peso é 15,7%, subiram 4,53%, enquanto a alimentação consumida fora de casa, que pesa 8,8% no índice, apresentou variação de 3,17%, conforme pode ser observado na tabela a seguir:
IPCA - Alimentação - Variação mensal |
Mês |
Variação mensal (%) |
Alimentação e bebidas |
Alimentação em casa |
Alimentação fora |
Janeiro |
0,74 |
1,12 |
0,06 |
Fevereiro |
-0,33 |
-0,61 |
0,18 |
Março |
0,07 |
-0,18 |
0,52 |
Abril |
0,09 |
0,27 |
-0,22 |
Maio |
0,32 |
0,36 |
0,26 |
Junho |
2,03 |
3,09 |
0,17 |
Julho |
-0,12 |
-0,59 |
0,72 |
Agosto |
-0,34 |
-0,72 |
0,32 |
Setembro |
0,10 |
0,00 |
0,29 |
Outubro |
0,59 |
0,91 |
0,02 |
Novembro |
0,39 |
0,34 |
0,49 |
Dezembro |
0,44 |
0,50 |
0,33 |
Acumulado |
4,04 |
4,53 |
3,17 |
Regionalmente, as áreas pesquisadas apresentaram taxas variando do 1,23% de São Luís até os 6,11% da região metropolitana de Porto Alegre, área que lidera o ranking, também, na alimentação em casa, conforme mostra a tabela a seguir:
IPCA - Alimentação - Variação no ano por região |
Região |
Variação acumulada ano (%) |
Alimentação e bebidas |
Alimentação em casa |
Alimentação fora |
Porto Alegre |
6,11 |
8,21 |
1,93 |
Vitória |
4,95 |
5,72 |
3,55 |
Salvador |
4,82 |
4,21 |
6,14 |
Curitiba |
4,49 |
4,73 |
4,10 |
São Paulo |
4,43 |
5,43 |
3,01 |
Rio Branco |
4,43 |
4,84 |
3,70 |
Brasília |
4,18 |
5,21 |
2,90 |
Belo Horizonte |
3,79 |
4,58 |
2,19 |
Goiânia |
3,71 |
4,42 |
2,41 |
Campo Grande |
3,39 |
3,42 |
3,33 |
Rio de Janeiro |
3,38 |
2,45 |
4,64 |
Recife |
3,17 |
4,11 |
1,00 |
Fortaleza |
2,83 |
2,61 |
3,46 |
Aracaju |
2,04 |
2,30 |
1,40 |
Belém |
1,64 |
1,73 |
1,33 |
São Luís |
1,23 |
2,18 |
-1,47 |
Brasil |
4,04 |
4,53 |
3,17 |
As maiores altas registradas no grupo dos Alimentos em 2018 foram as seguintes:
IPCA - Alimentação - Principais altas em 2018 |
Item |
2017 |
2018 |
Variação (%) |
Variação (%) |
Impacto (p.p.) |
Tomate |
-4,23 |
71,76 |
0,13 |
Frutas |
-16,52 |
14,10 |
0,13 |
Refeição fora |
3,91 |
2,38 |
0,12 |
Lanche fora |
3,81 |
4,35 |
0,09 |
Leite longa vida |
-8,44 |
8,43 |
0,07 |
Pão francês |
1,24 |
6,46 |
0,07 |
Carnes |
-2,50 |
2,25 |
0,06 |
Batata-inglesa |
-3,91 |
23,76 |
0,04 |
Cebola |
-0,72 |
36,71 |
0,04 |
Arroz |
-10,86 |
5,31 |
0,03 |
Macarrão |
-2,90 |
10,53 |
0,03 |
Cerveja fora |
4,35 |
3,71 |
0,03 |
Hortaliças |
0,88 |
10,79 |
0,02 |
Frango em pedaços |
-5,13 |
6,44 |
0,02 |
Queijo |
-2,61 |
4,17 |
0,02 |
Refrigerante |
2,97 |
2,66 |
0,02 |
Frango inteiro |
-8,67 |
4,08 |
0,02 |
Refrigerante fora |
2,00 |
4,70 |
0,02 |
Farinha de trigo |
-11,53 |
18,10 |
0,01 |
Iogurte |
0,37 |
5,56 |
0,01 |
Doces |
4,67 |
4,27 |
0,01 |
Pescado |
2,67 |
2,94 |
0,01 |
Leite em pó |
-9,56 |
4,10 |
0,01 |
Feijão-carioca |
-46,06 |
4,55 |
0,01 |
Cafezinho |
2,56 |
8,64 |
0,01 |
Margarina |
3,02 |
3,97 |
0,01 |
Cenoura |
18,24 |
12,59 |
0,01 |
Enlatados |
2,98 |
3,43 |
0,01 |
Já as principais quedas nesse grupo foram:
IPCA - Alimentação - Principais quedas em 2018 |
Item |
2017 |
2018 |
Variação (%) |
Variação (%) |
Impacto (p.p.) |
Café moído |
6,59 |
-8,22 |
-0,03 |
Farinha de mandioca |
-3,93 |
-13,26 |
-0,02 |
Açúcar cristal |
-22,32 |
-6,36 |
-0,02 |
Alho |
-22,50 |
-10,81 |
-0,01 |
Ovos |
2,94 |
-4,03 |
-0,01 |
Açúcar refinado |
-18,21 |
-5,93 |
-0,01 |
Feijão-fradinho |
-32,42 |
-16,73 |
-0,01 |
Sorvete |
-4,45 |
-4,07 |
-0,01 |
Saúde e cuidados pessoais fechou o ano com variação de 3,95%. Neste grupo, a pressão veio das mensalidades dos planos de saúde, que ficaram em 11,17%, maior impacto individual no índice anual.
Além dos grupos anteriores, contribuíram de forma positiva no índice do ano: Artigos de residência (3,74%), onde sobressaem os eletrodomésticos (6,28%); Despesas pessoais (2,98%), com destaque para o item empregado doméstico (3,84%) e Vestuário (0,61%), com variação de 1,28% na roupa feminina. Apenas o grupo Comunicação (-0,09%) apresentou taxa negativa, destacando-se o telefone fixo (-1,28%).
Entre os índices regionais, Porto Alegre (4,62%) teve a maior variação, onde destacaram-se as altas nas frutas (46,15%) e na energia elétrica (17,58%). Apesar de Aracaju (2,64%) e São Luís (2,65%) terem apresentado variações menores que a de Recife (2,84%), esta computa integralmente os 12 meses do ano, haja vista que as duas outras, juntamente com Rio Branco (3,44%), foram incorporadas nos índices de preços a partir de maio de 2018. Assim, no índice de Recife (2,84%), as quedas da farinha de mandioca (-23,83%) e do item higiene pessoal (-2,08%) ajudaram a conter a taxa. Os índices acumulados, por região pesquisada, são apresentados na tabela a seguir:
IPCA - Variação anual por região |
Região |
Peso Regional (%) |
Variação anual (%) |
2017 |
2018 |
Porto Alegre |
8,40 |
2,52 |
4,62 |
Rio de Janeiro |
12,06 |
3,03 |
4,30 |
Vitória |
1,78 |
2,55 |
4,19 |
Salvador |
6,12 |
2,14 |
4,04 |
Belo Horizonte |
10,86 |
2,03 |
4,00 |
São Paulo |
30,67 |
3,63 |
3,68 |
Rio Branco* |
0,42 |
- |
3,44 |
Curitiba |
7,79 |
3,42 |
3,38 |
Goiânia |
3,59 |
3,76 |
3,14 |
Brasília |
2,80 |
3,76 |
3,06 |
Belém |
4,23 |
1,14 |
3,00 |
Campo Grande |
1,51 |
2,11 |
2,98 |
Fortaleza |
2,91 |
2,27 |
2,90 |
Recife |
4,20 |
3,31 |
2,84 |
São Luís* |
1,87 |
- |
2,65 |
Aracaju* |
0,79 |
- |
2,64 |
Brasil |
100,00 |
2,95 |
3,75 |
INPC varia 0,14% em dezembro e fecha 2018 em 3,43%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,14% em dezembro, acima dos -0,25% de novembro. Ao lado de dezembro de 2016, é a menor variação para o mês desde o início do Plano Real. O índice fechou 2018 acumulado em 3,43%, acima dos 2,07% de 2017. Em dezembro de 2017, o INPC tinha registrado 0,26%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,45% em dezembro, mesmo resultado registrado no mês anterior. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,01%, acima da taxa de -0,55% de novembro.
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Aracaju (0,83%), reflexo do reajuste de 14,00% na tarifa dos ônibus urbanos (9,43%), em vigor desde 09 de dezembro e do item higiene pessoal (3,90%). Já o índice mais baixo foi na região metropolitana de Curitiba (-0,32%) em função das quedas de 6,40% na gasolina e de 2,80% na energia elétrica. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada:
INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano |
Região |
Peso Regional (%) |
Variação (%) |
Variação Acumulada (%) |
Novembro |
Dezembro |
Ano |
Aracaju |
1,29 |
-0,36 |
0,83 |
2,32 |
Salvador |
8,75 |
-0,21 |
0,63 |
3,70 |
Rio Branco |
0,59 |
-0,16 |
0,56 |
3,73 |
Belém |
6,44 |
-0,03 |
0,44 |
2,59 |
São Luís |
3,11 |
-0,08 |
0,34 |
2,37 |
Recife |
5,88 |
-0,08 |
0,28 |
2,30 |
Porto Alegre |
7,38 |
-0,54 |
0,20 |
4,56 |
Fortaleza |
5,42 |
0,06 |
0,14 |
2,69 |
Rio de Janeiro |
9,51 |
-0,26 |
0,13 |
4,17 |
Campo Grande |
1,64 |
-0,43 |
0,10 |
2,57 |
Brasília |
1,88 |
-0,58 |
0,04 |
2,24 |
Belo Horizonte |
10,60 |
-0,10 |
0,03 |
3,63 |
São Paulo |
24,24 |
-0,43 |
0,01 |
3,54 |
Goiânia |
4,15 |
0,34 |
-0,10 |
2,88 |
Vitória |
1,83 |
-0,41 |
-0,27 |
3,96 |
Curitiba |
7,29 |
-0,34 |
-0,32 |
3,33 |
Brasil |
100,00 |
-0,25 |
0,14 |
3,43 |
No fechamento de 2018, o índice acumulou 3,43%, acima dos 2,07% de 2017 em 1,36 p.p. Os alimentos tiveram variação de 3,82% enquanto os não alimentícios variaram 3,25%. Em 2017, os alimentos haviam apresentado queda de 2,70% e, os não alimentícios, alta de 4,25%. A tabela a seguir apresenta os resultados por grupo de produtos e serviços.
INPC - Variação acumulada e impacto por grupos - 2018 e 2017 |
Grupo |
Variação (%) |
Impacto (p.p.) |
2017 |
2018 |
2017 |
2018 |
Índice Geral |
2,07 |
3,43 |
2,07 |
3,43 |
Alimentação e Bebidas |
-2,70 |
3,82 |
-0,85 |
1,15 |
Habitação |
6,35 |
4,48 |
1,11 |
0,82 |
Artigos de Residência |
-1,84 |
3,36 |
-0,09 |
0,16 |
Vestuário |
2,73 |
0,64 |
0,19 |
0,05 |
Transportes |
4,64 |
4,50 |
0,72 |
0,71 |
Saúde e Cuidados Pessoais |
4,76 |
1,97 |
0,47 |
0,19 |
Despesas Pessoais |
3,69 |
2,54 |
0,27 |
0,19 |
Educação |
7,01 |
5,34 |
0,21 |
0,17 |
Comunicação |
1,22 |
-0,40 |
0,04 |
-0,01 |
Quanto aos índices regionais, o maior foi da região metropolitana de Porto Alegre (4,56%), tendo em vista a alta de 44,66% nas frutas e de 17,47% na energia elétrica. Já o índice mais baixo foi o de Brasília (2,24%), onde as quedas da cerveja (-10,73%) e do item higiene pessoal (-7,60%) ajudaram a conter a taxa. Os índices, por região pesquisada, são apresentados na tabela a seguir.
INPC - Variação anual por região |
Região |
Peso Regional (%) |
Variação anual (%) |
2017 |
2018 |
Porto Alegre |
7,38 |
2,00 |
4,56 |
Rio de Janeiro |
9,51 |
1,26 |
4,17 |
Vitória |
1,83 |
1,85 |
3,96 |
Rio Branco |
0,59 |
- |
3,73 |
Salvador |
8,75 |
1,84 |
3,70 |
Belo Horizonte |
10,60 |
1,13 |
3,63 |
São Paulo |
24,24 |
2,68 |
3,54 |
Curitiba |
7,29 |
3,24 |
3,33 |
Goiânia |
4,15 |
3,14 |
2,88 |
Fortaleza |
5,42 |
1,91 |
2,69 |
Belém |
6,44 |
0,74 |
2,59 |
Campo Grande |
1,64 |
0,85 |
2,57 |
São Luís |
3,11 |
- |
2,37 |
Aracaju |
1,29 |
- |
2,32 |
Recife |
5,88 |
2,62 |
2,30 |
Brasília |
1,88 |
3,09 |
2,24 |
Brasil |
100,00 |
2,07 |
3,43 |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de outubro a 28 de novembro de 2018 (base).
Fonte: IBGE