Bem-vindo Visitante

Reformas na previdência esbarrem em resistências corporativas

É da tradição política brasileira que projetos que esbarrem em resistências corporativas ou possam ser vistos como impopulares pelos parlamentares sejam submetidos pelo governo à votação no Congresso nos dois primeiros anos da administração.  Reformas na previdência - embora com o passar dos anos se aproximem cada vez mais da obviedade - ainda sofrem resistências corporativas, e, por isso, demoram para ser concluídas. Ou têm de ser feitas na emergência, como na Europa. No caso dos servidores públicos, existe tamanha discrepância entre o seu regime próprio de previdência e o regime geral (INSS) que a manutenção desse tipo de privilégio se tornou insustentável. Pois 900 mil servidores aposentados geram um déficit de R$50 bilhões, mais que os 28 milhões do INSS. Para corrigir a iniquidade, no processo de reforma envolvendo a previdência dos servidores, o governo encontrou uma fórmula correta e inteligente de equiparar os dois regimes, sem que as condições de aposentadoria deixem de ser um estímulo a mais na carreira do funcionalismo público.

 

Fonte: O Globo