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Sacar o FGTS é sempre o melhor negócio, afirmam especialistas

Deixar o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) parado não é bom negócio. Especialistas orientam a sacar o valor, sempre que for possível, e investi-lo em alguma aplicação.

Com rendimento de 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial, hoje pouco acima de zero), a remuneração do Fundo de Garantia perde para qualquer investimento.

É preciso ainda considerar a inflação, que corrói o poder de compra.

"O trabalhador deve estar atento às oportunidades de sacar o dinheiro do FGTS", diz o consultor Mauro Calil, da Academia do Dinheiro.

"Se ele tivesse R$ 10 mil no fundo há dois anos, por exemplo, teria hoje R$ 10.615. Mas, se o mesmo valor tivesse sido aplicado na poupança antiga (cujo rendimento era de 0,5% ao mês mais Taxa Referencial), teria R$ 11.279", diz o consultor.

DIREITO AO SAQUE

Tem direito a sacar o dinheiro do Fundo de Garantia, entre outros casos, quem se aposentar, for demitido sem justa causa ou for comprar imóvel (veja quadro acima).

De acordo com a Caixa Econômica Federal, uma vez que o trabalhador tenha direito ao saque, não há prazo para que ele seja efetuado. Exceto no caso de saque autorizado por desastre natural, o resgate deve ser em até 30 dias.

Empregadores de funcionários com carteira assinada, trabalhadores temporários e atletas profissionais devem recolher a contribuição ao FGTS. O valor equivale a 8% da remuneração paga.

Se a intenção for utilizar o Fundo de Garantia na amortização de financiamentos imobiliários, é necessário estar atento às regras.

O trabalhador não pode ter usado o fundo nos últimos dois anos, por exemplo, enquanto o imóvel deve custar, no máximo, R$ 500 mil (confira acima outras informações).

APOSENTADORIA

Na avaliação do consultor financeiro Erasmo Vieira, é preciso considerar ainda ter uma alternativa de rendimento para quando o trabalhador se aposentar.

"O fundo foi criado para dar uma garantia ao trabalhador na sua aposentadoria. Se for utilizado antes, é preciso lembrar que esse dinheiro pode fazer falta mais à frente", afirma Vieira.
Para não correr esse risco, o consultor diz que é preciso buscar investimentos de acordo com o perfil da pessoa.

"Uma maneira de compensar o uso do FGTS seria separar, mensalmente, uma quantia para a poupança, que aceita aplicações menores", recomenda.

Para valores maiores, outras alternativas atraentes são os fundos, diz.

"Sempre pensando no longo prazo [acima de cinco anos]." 

 

Fonte: Folha de S. Paulo